terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Feliz novo ano!

O ano está acabando e, provavelmente, não irei mais atualizar o espectro até dia 31.
Então, desejo um felissíssimo ano novo pra todos! Que 2010 seja lindo!

E uma das metas pra 2010 é escrever mais - consequentemente postar mais! Hehe.
Beijos! Feliz nova vida!

domingo, 20 de dezembro de 2009

A leveza dos anos

Um amor implantado nos seus olhos enrugados. ''Chora, fia, chora que faz bem''.
Mais um dia que ela olha pela janela, sentadinha em sua cadeira balanço. Vendo os namorados andares de mãos dadas, as crianças sorrindo comprarem o sorvete da esquina. ''Sai da chuva, menina...'' ela disse, com um grito preocupado.
Já viveu tantos amores, que não sente mais a dor de nenhum deles. Nenhum havia marcado sua alma, a não ser aquele a quem entregou a vida, e que agora, vê seus olhos nos olhos dos netos. Anda pelo jardim e sorri. Não há algo que a preocupe mais além de colocar sorrisos nessas bocas amadas. O bolo de cenoura, o suco de laranja. Grita e reúne todos em uma mesa farta. Sem pressa, sem compromissos.
Apenas a simplicidade de um dia na casa da vovó.

domingo, 25 de outubro de 2009

Paredes azuis

O velho desenho, a cama quebrada,
o relógio que sempre marcava 4 horas.
As paredes azuis que relaxam, o chuveiro com a água mais quente,
a porta sem trinco, as janelas cobertas,
o cobertor humano.

O calor excessivo que obriga o ligar os ventiladores.
O vento, a calma, o brilho dos olhos dos cilios grandes,
a mão do carinho, a música da dança, do ritmo.

Cada compasso encaixado em notas trêmulas que nos acariciavam, nos envolvendo numa atmosfera intimista, cheia de risos, sons e cores.
Aquelas paredes azuis aprisionavam o tempo.

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

A bunda

Objeto de desejo dos brasileiros
Basta passar uma bunda e os olhares se voltam para ela.
Não importa se é bela ou feia,
a bunda é sempre bunda.


Há bundas que esperam que os olhares desçam até as
pernas, querendo aprisioná-las, que analisem depois a
cintura, os cabelos tomando a forma do vento
até que os olhos olhem os outros olhos
para, enfim, desejar plenamente a bunda...

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Gone

Frio e chuva.

Foi aquela, a última vez que ela chorou. Também foi a última vez que ele a viu, entrando no ônibus, se despedindo com o olhar.
Teria sido sua última chance de trazê-la de volta desperdiçada? Ou seria só mais um tempo, mais uma viagem, mais uma passagem? Será que ela voltaria com saudades depois de semanas longe, abraçando-o com a maior força possível?


Perdeu-se naqueles pensamentos. Era difícil demais pensar em todas aquelas hipóteses, sentindo-se culpado por cada decisão tomada contra eles. Tortura-se até a última gota de wisk, até o último trago do último cigarro.



Depois da ressaca moral que sentia, soava uma música triste em sua mente... ''But I know, it's too late, i should give you a reason to stay...''
Esperou pela sua volta, até que a espera tortou-se longa demais...

domingo, 6 de setembro de 2009

Comunicado/Ciclos noturnos

Por hoje vou me guardar.
Vou guardar meus livros, meus cadernos, meus brincos espalhados pela casa, meus sapatos jogados na sala.
Hoje vou guardar minha mente, meu corpo, vou me despir de toda hipocrisia guardada em mim.
Vou sair sozinha e vou pro samba, vou me jogar, vou me acabar.

Não me espere pra jantar, não há melhor alimento que a minha paz.
Não espere seu celular tocar

Hoje a noite é só minha.
E eu serei só dela.

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Lamento

Não é saudade o que ela sentia... Era uma nostalgia... um lamento... uma constante insatisfação com o passado e uma grande apatia com o futuro.

Um medo, uma sombra.
É dificíl viver assim, porque por mais que a alegria do presente fosse grande, bastava só um olhar pra trás pra se ver caída, sem saída.

''Um descanso, por favor.''
Já não queria mais aquilo, um breve descanso já não mais a tranquilizaria.
Então pegou sua mochila, seu casaco e seu mp3.

Resolveu ir embora.

domingo, 30 de agosto de 2009

Devaneio

Se os sonhos emitem luz, a realidade os retém.
por isso eu ando nas núvens

(07/09/08)

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Tatuagem

Ama, bebe e cala.
E fere todas as vontades.
Arranha o sentimento, cravando as unhas fundo, até sangrar.
Bebe teu sangue junto com tuas lágrimas e não se enalteça!

Cala por todas as vezes que a ausência permaneceu
E ama a cada segundo de migalhas, a cada passo dado sob o mesmo chão.
Dê a mão à sua solidão, apenas
Além dela, ninguém lhe seguirá

Feche os punhos, tranque a porta
Entre e beba seu cálice.

Os cortes saram.
O mais, é nada.


Referência:
"Circunda-te de rosas. Ama, bebe e cala. O mais é nada." Fernando Pessoa

sexta-feira, 31 de julho de 2009

Sonhos e cigarros. Letras e sorrisos.

Um livro, um cigarro e sorrisos no rosto.
Trechos recitados em voz alta, pra compartilhar a genialidade de quem escreveu palavras tão simples, tão coesas e tão impactantes. Fumaças compartilhadas, pra compartilhar o mesmo ar. O mesmo chão, as mesmas sensações, a mesma quietude.

As portas frias e os desejos incontidos que pairavam pelo ar... As conversas simples, filosóficas, os interesses e planos compartilhados diante de uma mesa cheia de livros e papéis. Palavras, frases, períodos soltos, sendo levados junto com a fumaça dos cigarros de bale, dançado, tomando formas.

Tudo despertava interesse. Ela escrevia pra ele, e ele lia para ela. A escrita cria laços e a curiosidade faz com eles se tornem cada vez mais fortes. Compartilhar textos é como compartilhar uma parte de você: da sua mente, da sua alma... Talvez seja por isso que escrever se torna tão envolvente: a escrita seduz. E conquista, muitas vezes.

Passavam dias assim. Na parte de cima da casa, entre as conversas mais elaboradas e as tolices daqueles dois jovens que ousam saber. E a cada descoberta, uma fascinação,a cada fascinação, novos sonhos criados.


-Quero ir à Paris, à Cuba, ao Chile!

-Quero terminar meu livro! Você será a primeira pessoas a lê-lo!


E assim seguia aquelas vidas apaixonadas: Sonhos, cigarros, letras e sorrisos.

quinta-feira, 23 de julho de 2009

Vermillion

http://www.youtube.com/watch?v=LvetJ9U_tVY

She seemed dressed in all of me
stretched across my shame


Caída no chão sem forças pra se levantar,
deixando que o vento a mova,
o corpo cansado, quase morto

all the torment and the pain

uma alma perdida no meio das folhas, dos cabelos, do balançar do vestido...
um corpo vazio,
a song no one sings

She's a myth that I have to believe in. All I need to make it real is one more reason


olhos borrados pelo choro,
o cansaço, a exaustão extrema.

A catch in my throat
Choke,
Torn into pieces
I won't, no
I don't want to be this


nada para em sua mente e os pensamentos são vazios
chega de tentar levantar...
chega de tentar lutar


But I won't let this build up inside of me
I won't let this build up inside of me

até que o vento a leve para outro lugar...

She isn't real
I can't make her real...



(Música e referências: Vermillion, pt 2 - Slipknot)

sexta-feira, 3 de julho de 2009

Nostalgia

Nostalgia também pode ser uma coisa boa, quem disse que não?
Esses dias eu peguei um caderno antigo que me lembrou você. Haha! Escritos impublicáveis, cartas que você escrevia pra mim sentada ao meu lado no cursinho, enquanto eu tentava prestar atenção na aula. Lembra disso?
Achei um código que você me mandou decifrar. Não consegui até hoje nem mesmo com ajuda, apesar de você insistir que era tão bobo e fácil de descobrir.
Te ensinei a escrever com a mão esquerda e você rabiscou a última folha inteira, com desenhos românticos embaixo de um texto triste que eu escrevi. Hahaha.
Baby, como você era insuportável! Tão insuportavelmente amável que não conseguia desviar os olhos das suas mãos, nem parar de desenhar flores no seu ombro, como se fosse tatuagem, nem nas aulas de matemática.
Não consigo escutar Los Hermanos e não lembrar de você. Do cd 4 que eu comprei pra você, mas que acabei abrindo por achar que nunca iria te entregar, e que foi trilha sonora de muitas conversar ao telefone... Mesmo que a voz não fosse sua. Conversas que sempre falavam de sentimentos fortes, e que muitas vezes falavam de você.

Los Hermanos é nostálgico por você e pelas conversas, que sinto saudades até hoje...
Olhando pra esse texto vejo essa realidade tão distante de mim, que parece que me perco de mim mesma...
Mas sei que ela está lá porque ainda sinto o cheiro. Doce. E ainda consigo escrever. Me sinto parte de mim de novo.
E me sinto feliz por guardar esses pequenos papéis. Pequenas provas de uma parte de mim que ainda me faz feliz. Que ainda me faço feliz...


mimimi on.
eu fico tão triste sem comentários... :'(
mimimi off.

terça-feira, 16 de junho de 2009

And you bleed...




Céu nublado, vento forte, folhas amarelas caindo. Goo Goo Dolls ao fundo e uma tela de LCD 'a frente, ofuscando a visão de quem só queria que os olhos fossem menos sensíveis 'a luz.
Um cenário aversivo pra quem deveria estar estudando e não consegue tirar os olhos da tela. E não consegue ter outra expressão além de um frown.
Talvez chova hoje...

...just to know you're alive

domingo, 7 de junho de 2009

Já dizia Fernando Pessoa...

Eu não posso fechar meus olhos. Não posso dar as costas ‘as cores do nascer do sol, não posso dormir cedo até que leia todos os textos e contos e devaneios da internet. Não posso deixar o belo escapar dos meus olhos e não posso não querer tê-lo em minhas mãos.
Me chame de louca, de pretenciosa por querer tudo e querer saber de tudo, eu não me importo. Não me importo porque sei que não é verdade! Veja, não há prepotência ou arrogância quando uma criança se encanta pelo mar quando o vê pela primeira vez, solta das mãos dos pais e vai em direção ‘a ele. Há curiosidade! Beleza! Paixão!!

Quero sim. Quero ter tudo e todos. Quero pintar, quero escrever, quero sair correndo. Louca.
Mas quem foi que disse que não há sanidade na loucura?!


“Pensar é estar doente dos olhos“

sábado, 6 de junho de 2009

Caminhos

Eu.
Vestindo a minha calça rasgada, usando meus colares de semente e minhas pulseiras da feira da torre.
Passei meus dias esperando alguém, esperando quem pudesse me ouvir e, quem sabe entender pelo menos uma parte dessa minha vida louca. Dos meus amores fantasiosos, disfarçando dramas com comédias mal boladas. Nem sequer ensaiadas.
Procurei quem pudesse organizar a bagunça dos meus sentidos, dos meus armários, dos meus cabelos e do meu chão. Sem me dar conta de que ninguém pode resolver nada disso, a não ser essa pretenciosa escritora que vos fala.
Eu sei que a gente não caminha sozinho, que há sempre alguém pra te dizer coisas que você precisa ouvir pra ter coragem, pra te emprestar o mp3 quando você precisa ouvir sua música favorita, alguém pra chamar seu ônibus pra você quando está distraído, ou para te abrigar no guarda-chuva. Alguém pra te fazer ver o que você é. Um megafone pra sua voz interior.
Saí de lá com a sensação de estar sozinha, mas pela primeira vez, não me senti triste ou apreensiva por isto. Me senti livre. Como sempre busquei estar ser.

A chuva pode ser péssima quando se tenta fugir dela, mas pode ser perfeita quando se dança cantando. "Sua cliente tá viajando na chuva, olha lá, de braço aberto... parece que tá muito bom".

Sou assim, com meus recortes e letras. Obrigada pelas descobertas.
=)

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Presente.






"E tudo vai dar certo, por que essa é a única fatalidade humana. Virão os sofrimentos e as tristezas. E você terá amigos ao seu lado, alguns mais novos, outros antigos, alguns fisicamente, outros em coração.
E quando a tristeza passar irá sorrir, irá chorar de alívio e de alegria.

Caminhará na praia, sentindo a água do mar lavar o sofrimento.

Contará piadas tolas em cafés que só podem ser tão perfeitos quando se está acompanhado.
Jogará pipocas na platéia do cinema e vai rir baixinho quando protestarem.

E será feliz. E será completa."
;*


Este é um post atípico, não costumo postar textos de outras pessoas aqui, mas este foi meu presente de aniversário do ano passado. Por alguma razão tenho pensado nele essa semana, nessas cenas de férias, mar, cafés, amigos... e tive vontade de postá-lo. =)

Por Lahiri Abdalla, grande amigo. (http://gudangeabsinto.blogspot.com)
Cócegas para sorrir nas fotos. =)



terça-feira, 28 de abril de 2009

Reflexos

Medo de olhar o espelho e ver minha imagem refletida.
Virtual e de mesmo tamanho, se o espelho for plano; virtual, direita e de menor tamanho, se o espelho for convexo; real, invertida e de mesmo tamanho, se for côncavo.
Imagens distorcidas, personagens falsos baseados no real. Tristes, torpes. Alegres, cretinos.
A luz batendo em mim e fotografando minhas outras simetrias das curvas do meu corpo cansado... Apenas traços que não querem dizer nada, mas que ao mesmo tempo significam tanto...
Cores, luzes, reflexos, magia inalcançável
Vejo meus demônios dentro da pupila dos meus olhos e meus deuses girando em torno de mim, me impedindo de cair nas minhas próprias armadilhas.
Sonhos irreais transformados em espectros sem tons. Sem cores. Sem luz.
Realidades duais, no preto e no branco, abrindo um ramo de possibilidades de queda e ascensão

Vejo nossas almas se transformarem nos suspeitos dos crimes perfeitos que nunca foram cometidos.
E sendo presos, castigados, humilhados.

A força do sol entrando pela janela, lembrando que chegou a hora de acordar para mais um dia.
E mais uma vez eu me encaro no espelho.





"Se tenho orgulho é de enfrentar meus demônios, pois assim sinto que meus deuses me guiam.
Se partir, que fique a lição, eu sou a mão e você, a metade. E o que resta do abismo é só...
Maldade!"
Dance of Days (ouçam!!http://tramavirtual.uol.com.br/artista.jsp?id=6635 )

terça-feira, 21 de abril de 2009

Primeiro vêm os sorrisos, por último, o tiroteio.

A loucura do momento mais esperado correndo pela garganta. A tensão, o medo, o sentimento, o envolvimento, a entrega.
Muito rápido, perto do que sempre se esperou. Tempo que não se estima, que não se percebe... E que se sente passar a cada segundo, corroendo, deixando transparecer pelos braços trêmulos.
Dor. Saudade. Entrega.
Talvez nada disso defina. Não tem definição. Não se explica sequer uma fagulha do fogo que alastrou-se por cada passo. E tomou conta da vida, dos caminhos.
Os tristes pesares e todas as impossibilidades sincronizadas num único traço. De desespero. De dor. De alívio!
Alívio por querer. Querer, querer, querer. Sempre o querer que nos consome a cada dia, que provoca o choro, o grito, a ação, o movimento, o impulso.
Um único movimento.
E pronto!


O tiroteio.

"Primeiro vêm os sorrisos, depois as mentiras, por último, o tiroteio"
Stephen King - A Torre Negra

segunda-feira, 13 de abril de 2009

5 minutos.

Posso sentar aqui, e esquecer de tudo, por um segundo?
Só 5 minutos, um café, um comentário sobre o livro que eu estou lendo e queria compartilhar com você.
Um texto, uma frase, um último trago no seu cigarro.
10h20, tenho que ir... não me esquece e me perdoa.







droga. lembrei de novo...

domingo, 12 de abril de 2009

Disarm.

The killer in me, is the killer in you, my love...

acho que faz do amor ser assim.
retribuir, ainda que dor.







quero estar errada.

... I send this smile over you.

sábado, 21 de fevereiro de 2009

This time

A ferrugem ficou fixada dentro do seu olhar. O chão cheio de folhas, os escarros alheios, os blocos de concreto sem tinta, as telas "rasgadas" com seus soluços de dor e os vidros se quebrando por conta dos seus gritos de alegria.
As cores do pôr-do-sol refletidas no chão e nas janelas dos prédios, que abrigam e aprisionam pessoas dentro de si mesmas.
O claro e o escuro brincando de ser triste ou feliz. Mas nenhum ganhou. Pois nem a luz nem a sombra verdadeiramente sabem o que é a alegria ou a tristeza. Eu não sei. Você não sabe.
Me atirei no chão e nos seus braços, na tentativa de ficar sob a penumbra daquele dia marcado. Mas não vi nada. Nem mesmo o vazio. Vazio era a única coisa que não podia sentir. Mas gritava, gritava dentro de mim pela vontade de viver e de trilhar novos rumos e por não conseguir enxergar além das janelas que refletiam a luz.
A luz que está lá mas não aquece. A mesma luz que estourou as minhas fotos da infância.
Mas desta vez eu estava lá, sozinha, com as minhas lembranças...


Foto: Juliana Sousa - http://www.flickr.com/photos/julianasousa

domingo, 15 de fevereiro de 2009

Viagens

Já não há mais motivos para querer ficar, querer voltar, querer estar.
As distâncias são grandes, muito grandes. E as viagens são muito longas e cansativas. Não pensar por que querer ficar é quase como ignorar o percurso do tempo, que ele insiste em jogar na nossa cara, dando-nos tapas que doem. E que esses sim, permanecem.
Não adianta olhar para o retrovisor e ver uma bela cidade iluminada, querer ficar, e seguir em frente.
Vai, pára na esquina, acende seu cigarro de palha. E anda.

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Castelos

Agora as lembranças dos dias de riso são tomadas pelo vazio dos dias sem calor, do escoar do tempo sob minhas mãos cansadas de tentar manter sozinha um império de sonhos construídos. Desmoronados.
Chances - perdidas
Palavras - não ditas
Cravadas. Marcadas.

Fere o corpo com suas próprias mãos. Deixa o sangue não parar de sangrar a sua vontade de ter feito simplesmente o que gostaria de fazer. De se entregar a um só amor capaz de mantê-lo são e inabalável.

Correntes - quebradas.
Portas - abertas.
E se estiverem fechadas, fuja pela janela. Pense que ao menos por uma vez nossas mentes estarão ligadas, a ponto de não esquecermos um do outro mesmo quando o corpo está longe. E estar longe mesmo estando perto.
Não, não quero que tentes perder-me de vista, não quero que fujas do seu próprio espírito, negando-me a toda e qualquer circunstância como Pedro negou a Cristo e se arrependeu depois.
Não quero que te arrependas. Quero que vivas. Com a vontade que ninguém nunca teve de recuperar as chances destroçadas, as palavras quebradas, desmoronar as portas fechadas e construir fortalezas não de sonhos, mas de realidades compartilhadas.
Quebre a culpa. O arrependimento. A dor. O desespero.
Enterre sua vontade mórbida de calar-se diante daqueles que não te compreendem. Tolos. Todos. Hipócritas.

Construa as verdades que quiser e grite-as a quem quiser ouvir.
Focos - atentos
Olhares - difusos

Vontades. Verdades.

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Retalhos

E que a minha loucura seja perdoada, pois consegui meu equilíbrio cortejando a insanidade, e eu prefiro ser essa metaformose ambulante do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo. Quem inventou o amor?! Quero um machado pra quebrar o gelo, ou algum veneno antimonotonia.
Então, me diz: qual é a graça de já saber o fim da estrada quando se parte rumo ao nada?


Referências: Metade - Oswaldo Montenegro, Sereníssima - Legião Urbana, Metamorfose Ambulante - Raul Seixas, Antes das Seis - Legião Urbana, Austronauta de Mármore - Nenhum de Nós, Todo Amor que Houver Nessa Vida - Cazuza, A Seta e o Alvo - Moska.

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Movimento periódico


Pêndulo, quantas vezes ainda irás badalar?
Desisti de me conter há muito tempo.
E por muito tempo espero pelo dia que eu tenha a coragem de chorar,
Pela última vez.
Bom... Eu não me lembro da última vez
Tento chorar, mas lágrimas não vêm aos meus olhos
Secos
Intactos
Distantes, por si, só.

Mais uma vez eu vejo que consegui o que queria
Mas não foi bem como eu planejava...
Como um pêndulo, que vai
E volta

Perdendo a intensidade a cada movimento
Mas
Sempre
Indo
E
Voltando.

E eu estou, sempre indo e voltando.
Pêndulo,
Quando irás parar?

domingo, 18 de janeiro de 2009

Música

Sim! Agora teremos uma playlist aqui! =)
Eu gosto bastante de todas essas músicas. Se tiverem sugestões, me mandem. ;)

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Reverso

O reverso do sonho que foi criado por minhas mãos. Doloridas, cansadas.
A contradição de estar ao mesmo tempo tão perto e tão longe do que se quis.
Desnecessário. O querer se torna vão, solitário, empoeirado. Como seu livro preferido, atrás da estante.
As letras se tornam vazias, já não dizem mais nada. Já não o fazem pensar, imaginar, duvidar ou crer.
Passa os dias frente a janela, observando o andar calmo de quem tem pressa.
Pressa.
Já não se tem mais o que fazer...

domingo, 4 de janeiro de 2009

Faz falta.

Minha mente está vazia de planos, minha visão está desfocada.
Tudo que eu queria era continuar perto das pessoas que eu gosto, e que eu tenho a certeza que gostavam de mim também. Não daquelas que queriam me agradar, que sumiriam daqui há meses. Mas daquelas que me alertavam, independentemente de eu gostar ou não. Essas, eu sabia que não sumiriam. Eu fui tão injusta, tão míope, que não percebi que também errariam. Nos dias de cansaço e de dor, a primeira coisa que eu sinto falta é desse carinho. Não sei por quê, algumas coisas mudam quando deveriam permanecer. Eu continuo querendo pegar no telefone e sentir aquele abraço na chegada. Ou uma conversa simples. Ou sentar e não dizer nada...
Não sei como crescer assim. Sentindo calor debaixo do sol da manhã.



"I know i can't be late, supper's waiting on the table
Tomorrow's just an excuse away
So I pull my collar up and face the cold, on my own"
(Smashing Pumpkins)