segunda-feira, 24 de novembro de 2008

13:13, make a wish

Desculpa, mas eu não sei mais o que desejar.

domingo, 23 de novembro de 2008

Sigo um traço


Sigo um traço do seu desenho, rabisco o seu rosto - perfeito. Não! Não faz isso! Deixe-o aí, intocável. Não deixe sua raiva ou seu amor chegar perto dele. Porque querendo ou não, este desenho não foi feito pelas suas mãos, não é de direito seu modificá-lo. Então apenas o observe. Deixe que ele converse com você.
Mas não chega tão perto, não pegue seu carvão.
Deixe-o aí. Intocável.






Desenho: Capa do disco "Manicômio", do Violins.

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Just a smile.


Eu era só uma menina que queria se esquentar do frio, bebendo vodka às 10 da manhã com os amigos. Com seu abraço.
Muitas pulseiras coloridas nos pulsos, anéis de coco. Aquela que não quis usar maquiagem no primeiro encontro. Nem o habitual lápis de olho ou o gloss.
Eu só quis que você me olhasse nos olhos sem artificialismos e mesmo assim os achasse bonitos.
Talvez tivesse acreditado que o meu sorriso era grande demais e que ele poderia me proteger. Talvez eu não estivesse tão errada.

Acho que ainda sou aquela menina procurando o mesmo sorriso e o mesmo calor de quando eu te encontrava. Se for assim, eu não quero crescer...

Introspecção

Não tenho postado aqui com a frequência de que gostaria. E não, isso não me faz feliz.
Mas minha mente tem parecido um vulcão e os textos que eu tenho escrito tem sido devaneios desconexos, impublicáveis, em sua maioria.

Desejem-me sorte. =)

domingo, 2 de novembro de 2008

"Too late to turn back now...

I'm running out of sound
And i am changing, changing
And if we died right now, this fool you love somehow
Is here with you
I won't deny the pain
I won't deny the change
And should i fall from grace here with you
Will you leave me too?
...Will you leave me too?"



Com o tempo os sorrisos se transformam em acenos distantes, em olhares frios tristes, confusos, que lhe cortam a alma. Os pontos finais tornam-se mais raros do que as reticências. Não pela falta de certeza... Mas pelo que foi calado, tirando os mais belos pensamentos e sentimentos da luz e pondo-os à sombra, fazendo com que ela se torne o abrigo, obscuro, triste, frio. Acomoda-se. Já não se sonha mais. Parece não se amar mais. Porém, mesmo que toda essa complexidade de planos, sentimentos, sonhos e intimidades arquivem-se em uma gaveta escura e empoeirada, ou percam-se pelos anos que a vida deixou correr, a mente continuará limpa e quente, radiante, e as recordações sempre serão doces. Ainda que as gavetas permaneçam fechadas, as mãos, já cansadas, estarão inquietas diante do velho papel e as bocas estarão sedentas por um sorriso amado, mesmo que ele esteja em direção oposta, mesmo que as piadas sejam ridículas. Ignora-se a passagem do tempo, a distância, as circunstâncias letais. E mesmo que a memória seja falha, enquanto houver amor e vontade, as mãos mesmo que trêmulas, não se cansarão de escrever, os pensamentos não pararão de lembrar dos sonhos perfeitos, das conversas de madrugada e do som da voz suave. Agora, estando em direção oposta, correr não é fugir. É reencontrar.




O texto entre aspas é da música Galapagos, Smashing Pumpkins.