terça-feira, 14 de outubro de 2008

Inércia.

Vazio constante despedaçando minhas tardes.
Minha cabeça dói, lateja... Então eu guardo meus livros na estante, até que fiquem empoeirados. Falta-me vontade, ânimo para dizer ou fazer qualquer coisa. E antes, minha inércia fosse inútil. Torna-se hoje, inevitável.
Apenas peço para que feche a porta quando sair, e deixe a janela aberta até o anoitecer, antes que o vento frio sopre e dance pelo meu corpo estirado na cama, desprotegido, e faça minha garganta doer. Não me critique por ser assim e não espere mais nada de mim. Nunca deveria ter esperado.

Minha cabeça dói.
E lateja.

Acho melhor parar de escrever.

2 comentários:

Lahiri Abdalla disse...

Não sei se estou comentando com a conta certa, mas não importa, o que importa é o comentário.

Excelente texto. Curto, sem falar menos do que o necessário, e preciso.

Agora, toma uma aspirina pra cabeça e se cobre do vento por que gripe é uma desgraça.

Pedro Ferrari disse...

"Ainda que fôssemos surdos e mudos como uma pedra, a nossa própria passividade seria uma forma de ação" (Jean-Paul Sartre)

...estamos condenados a escolher. É uma droga...

:)