domingo, 5 de outubro de 2008

Humor me before I have to go.

Mas se ao menos uma fagulha de luz saísse dos seus olhos quando me mirassem, poderia te dar a mão e te levar pra qualquer lugar perfeito que você quisesse.
Mas como o fogo que se apaga, a chama dos seus olhos se foi, escurecendo a noite, deixando-a mais fria, mais dolorida.

Sei que não me levará daqui e que não vai me deixar ir contigo pra onde quiseres. Levanto-me, tentando entrar em harmonia com o mesmo vento que apagou as luzes da fogueira, com as lágrimas que roubaram o lugar do sorriso. E sigo no frio, no escuro. Sentindo o vento-gelado-cortante bater no meu rosto até deixar minha visão turva, até finalmente congelar as lágrimas que lavaram meus sonhos.

Sigo sozinha e ando.
Não restou mais nada...





Ouçam Smashing Pumpkins.

Um comentário:

Pedro Ferrari disse...

"O que me tranquiliza é que tudo o que existe,existe com uma precisão absoluta. O que for do tamanho de uma cabeça de alfinete não transborda nem uma fração de milímetro além do tamanho de uma cabeça de alfinete.
Tudo o que existe é de uma grande exatidão. Pena é que a maior parte do que existe com essa exatidão nos é tecnicamente invisível. O bom é que a verdade chega a nós como um sentido secreto das coisas. Nós terminamos adivinhando, confusos,a perfeição."
(Clarice Lispector)

Há uma certa precisão em ser si mesmo, ainda que em momentos duros. Definimo-nos a todo momento - seja ele qual for -, e essa é a beleza da coisa.