quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Efêmeras vontades

Silêncio constante (cortante). Não é que eu não tenha o que falar e nem pra quem... Eu tenho, e tenho muito. Vontade de gritar por aí.
Vontade de despejar a minha alma em um amigo qualquer, numa hora qualquer. Vontade de dizer tudo, TUDO o que eu quero dizer e de tornar as coisas claras, por mais que tornar as coisas claras seja escurecer a vista, sentir o suor frio, as pernas tremerem e o coração querer saltar pela boca.
Mas as pessoas não merecem ouvir. Não que elas não sejam boas o bastante para ouvir minha fraquezas tolas, mas elas não entenderiam, nunca entendem. Ok, as vezes nem eu entendo. Mas isso não importa. Importa sim. Importa a angústia, o medo, a vontade de viver, a coragem.

Vontades. Vontades...

2 comentários:

Pedro Ferrari disse...

A vontade que sobe à garganta e explode boca afora, deixando um suor frio e mãos trêmulas, por vezes é tudo o que se pode querer.
Um mesquinho sentimento de estar-vivo ao cravar as unhas na carne do real e deixar um rastro. Marcar fundo com o que se tem à mão - palavras e um punhado de ousadia.
Vontades, vontades.

Fabuloso texto. Frequentador assíduo.

Anônimo disse...

Divino !!!