domingo, 3 de agosto de 2008

Cinza.

A fumaça que me deixa rouca é a mesma fumaça que embaça minha visão, que me faz tropeçar nas pessoas procurando por algo ou alguém perdido. Em todos os cantos, todas as esquinas.
As palavras que você me disse ficaram cravadas e eu não sei mais como tirar esse aperto do meu peito, essa dor da sua alma.
Nem tudo merece ser dito, e por mais que a gente tente fugir, os fatos nos trazem de volta para o ponto de partida, ignorando os atos, as convicções. É chegado o momento em que nada mais importa, só a sua alegria, ou a sua tristeza.
Vou andar sozinha e cantar músicas aos berros de dor, e quando decidir que não quero mais chorar sozinha, encontrarei um amigo que me tirar do lugar, acenderei um cigarro e vou tentar esquecer. O que não dá pra esquecer...

4 comentários:

Autista disse...

(Autista)"A fumaça que me deixa rouca..."
Já sabe qual é a cura, né?

Sabe, a mesma cura pra rouquidão pode ser uma cura pro coracão...Se bem utilizada (ou a destruição do fígado..who knows?).

Lahiri Abdalla disse...

Quanto sofrimento. Deixe que a fumaça leve tudo embora. E se lave com a bebida.

"Enquanto tiver o sol e a lua, nada se manterá para sempre."

Claudia Bittencourt disse...

A fumaça não leva. Só embaça.

Swami Abdalla disse...

Que melancólico ein? Mas não fica triste, o momento mais escuro da noite é justamente pouco antes do amanhecer!

Um grande abraço!