quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

O nome de três letras.

11 meses.
Nunca havia gostado de alguém durante tanto tempo, de uma forma tão pura, tão intensa.
Nunca tinha me preocupado tanto com alguém e me incomodado tanto com um sofrimento. Nunca tinha visto aquilo antes. Depois percebi que aquilo foi só uma preliminar do que viveria pela frente.
Mais de um ano sem te ver. E mais de 3 sem aquele sorriso estampado no meu rosto de quando eu te via todos os dias. Daquele convívio tão... Estranho.
Ainda me arrependo do que eu te escrevi, e do quanto eu fui criança ao lidar com aquilo. Ok, eu era uma criança, apesar de ter já 14 anos.
Ainda vejo rostos parecidos com o seu pela cidade, e meu espírito ainda vibra quando isso acontece.
Passar na frente do seu bloco deixou de ser o acontecimento mais triste do dia, e passou a ser normal. Engraçado, esse ano eu fui na sua quadra no dia do seu aniversário. E nem pensei o quanto aquilo poderia ser... Normal. Normal não pensar em te ligar. Normal ter você em outro mundo, mesmo sabendo que já fez tanto, tanto pro meu se tornar o que é hoje.
Eu nunca fui te ver na faculdade, nunca te visitei no seu prédio.
Coisas que a gente se arrepende de não ter feito. Por não querer mentir, desobedecer, ou por simplesmente não querer se expor... Medo estúpido.
Eu sei que as pessoas vêm e vão das nossas vidas ("and loves always coming, and loves always go") e que isso é normal. Mas acho que nunca senti tanto falta de alguém da escola como senti a sua, sabe? Mesmo que tenha feito parte do meu cotidiano escolar por pouco tempo.
Pisamos no mesmo chão todos os dias. Víamos sempre as mesmas pessoas. E nada seria sem um disckman e um fone de ouvido tocando Pantera e Helloween e histórias pra contar.
E depois viéram os intervalos regados a músicas novas e confissões. Cabeças encostadas nos ombros, festas tristes. Conversas que duravam um dia inteiro por mensagens de celular (haha, lembro uma vez que estava no mercado com minha mãe e o quanto a irritei por não parar de digitar), a troca de cds, que vinham sempre com uma cartinha, ou um bilhete dentro, escritos no meio da aula; as florezinhas em canudos que você colocionava. =]

É, eu sei... Que agora temos outra vida...
Engraçado que você fez tão parte de mim, e essa é a primeira vez que eu escrevo sobre você.
E sabe o que é mais engraçado ainda? Você nunca vai ler esse texto, e nunca vai saber que ele foi escrito.

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