segunda-feira, 26 de abril de 2010

Uma outra estação






Estou em outra estação.
Em outro país, cercado de outras pessoas e de outras palavras.
Não sinto esse vento frio gelado. Nem mais este calor ardente.

Sim, eu sei. Eu sei que você quer compreender.
Mas entenda, baby. Nada do que eu escreva vai conseguir me decifrar.
As coisas nunca cabem nas palavras.
Foucault disse e eu estou dizendo pra você.
A realidade não é esta, não.
Você não estava errada, mas não consegue viver como eu.
Solto por essas ruas. Eu não tento encontrar o meu lugar.
Faço meu o lugar que estou.

Não preciso de nada ou ninguém para me fazer feliz.
Além de mim mesmo.
Mesmo que seja naquele banco de madeira na praça das árvores.

4 comentários:

Hayet disse...

Nem sei o que dizer desse texto. Um calor sem temperatura, como quando venta gelado, mas não ficamos com frio. Achei gostoso e agradável, rarefeito, em vez das coisas densas e pesadas que nos acostumamos a viver. Inveja da sua leveza e da sua paz... Uma coisa meio *****, sabe? Que eu nunca consegui alcançar, talvez por procurar com os motivos errados. Vou acabar escrevendo sobre isso...

Lucas Cajueiro disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Dagô disse...

Adoro o banco de madeira da praça das árvores...!

Edila Durval disse...

Se é verdade que "a fruta nao cai longe do pè", eu sou um pé deveras feliz. Voce aprendeu com suas experiencias. Isto é saber viver.PARABENS, Filha.Eu havia feito mil comentarios antes, nao sei onde errei, que os ditos nao estao aqui. Mae