Nós crescemos. Talvez não nos achamos mais nas letras e livros porque os personagens construídos não foram feitos para nós. Éramos e seremos ainda únicos, cada vez maiores, cada vez menores e mais aquém de um sonho espetacular. Porém, iremos mais além de qualquer nó-cego. Ficaremos a fitar os olhos coloridos, a escutar as músicas que cantávamos ao conversar e até se existir uma chance, publicaremos livros, revistas e cd's com as nossas almas estampadas na capa. Talvez alguém em algum dia, ache seu “eu”, dentro do nosso, para depois desfazer-se e perceber que a nossa grandeza é pequena demais e que o nosso tão recriminado nanismo, é na verdade um excesso de vontade.
Vontade essa que transbordará todas as vezes que nos sentirmos crianças em corpos grandes, ou adultos em corpos pequenos. Perceberemos cada vez mais que essa auto-crítica inversamente proporcional ao nosso ser é cada vez mais complexa, com grafos se formando e mantendo-nos sempre ligados a nós mesmo, em uma catarse de lembranças e emoções que, questionamos até podem ser naturais.
Questionar o tempo que passou por nós é inadequado. Questionaremos os nossos atos, que por serem incertos. Como o mormaço posto após a chuva que foi precedida por um vento cortante e mudou tudo de lugar, enquanto ficamos parados questionando movimentos e sopros dados na nossa própria direção. Quero te soprar a vontade que tenho de ver em olhos coloridos, rumos trilhados e cartas alegres de saudade. Não quero que o vento venha ou vá, quero que faça o que deve ser feito, pois não importa a força do vento, e sim a força que nos faz virar a cabeça para um fenômeno natural e escrever palavras cativantes, que motivem e façam surgir outras histórias de amigos que nunca se perderam. Interligados em pensamento ou atos, incertos, felizes e inquietos, seremos nós mesmos os nossos próprios nós.
By: Pablo Emílio - www.pabloemilio.com.br
2 comentários:
Mto bom esse 2º parágrafo :)
esse, e a última frase...
massa!
inté =***
forgottenfairy
Curti o texto. Extremamente denso!
Até mais!
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